eu não sou tudo que tenho. tenho também a ausência de mim, o silêncio do espaço sideral e os olhos fechados, quando enxergam que podem se fechar. além do que sou, sou a possibilidade de não me ser. e isso me permite certa paz, acabamento sutil para meus pensamentos, intervalos de meia luz sob a luz ou a escuridão intensa. poder não ser me abre espaço, coloca em contato com outros códigos, sem decifração, mas belamente articulados sob o olhar que não compreende o que vê.
tudo que eu não sou me faz imortal, infinita, perene, real.
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i am not all i have. i also have my own absence, the silence from outer space, and closed eyes, when eyes see they can close. besides what i am there is the possibility of not being me, which allows me certain peace, a subtle wrap-up for my thoughts, breaks of half-light under intense light or darkness. not being me makes room, puts me in contact with codes other, undecipherable, though beautifully articulated under my alienated gaze.
all i fail to be makes me imortal, endless, perennial, real.
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