O menino que ouvia o fundo das palavras sabia sempre que música tocava na alma de quem falava com ele. Se triste, encantada, amaldiçoada ou vazia, cada alma se revelava para ele com a clareza do que não se diz e se sente. Todos os sentimentos eram dele à medida que as palavras eram ditas. Ele se perdia odiando, amando, afagando e sofrendo ao conversar. E tanto ouviu e sentiu que calou para sempre. Não por desgosto, mas por plenitude.
(em silêncio, converso muito com este menino)
nossa, Cristina, achei muito bonito este poema.
ResponderExcluirmuita metta.